domingo, 6 de outubro de 2013

Os Marubayashi chegam em Ituverava

 

Em 1918 a família Marubayashi se estabelece em Ituverava, onde arrendaram terras. A chegada desta família muda radicalmente os destinos de Kunimatsu.

A cultura do café antigamente era feita com pouco adensamento, isto é, com bastante espaço entre as árvores. Formavam-se então corredores largos entre as fileiras de pés de cafés, e esse espaço era destinado para facilitar a colheita. O pé de café leva 4 a 5 anos do plantio até a primeira colheita. Durante esses anos, e também nos períodos de entressafra, os imigrantes ganharam a permissão (ou fizeram isso a revelia) para plantar outras culturas nessas fileiras. Ora, era melhor ter feijão, milho, verduras, etc, do que ervas daninhas, devem ter pensado os fazendeiros. Assim, os imigrantes colhiam essas culturas, obtendo lucro com isso. Esse dinheiro era poupado, e mais tarde usado para arrendamento ou compra de terras.

Com os Marubayashi, chega um rapaz, então com 14 anos. Ele desembarcou com os Marubayashi em Santos, 1912, um ano antes da chegada de Kunimatsu. Se chamava Shigueta, e era 1 ano mais velho que Kunimatsu. Tal qual Kunimatsu, Shigueta veio na condição de “filho adotivo”.

São muito grandes as probabilidades desses dois rapazes, Shigueta e Kunimatsu, terem desenvolvido fortes laços de amizades. Eram da “turma dos adotivos”, tinham quase a mesma idade. A comunidade nipônica era muito unida, e certamente os dois se encontraram em algum kaikan (clube japonês), gakkô (escola de lingua e escrita japonesa), undokkay, etc. Podem ter sidos amigos inseparáveis, como veremos a seguir.

Shigueta Marubayashi
Shigueta Marubayashi, foto década de 30. Fonte: site da familia Marubayashi.

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